1 de set. de 2017

UM BERÇO DE PEDRA, de Newton Moreno e direção de William Pereira estreia no Rio em 01 de setembro, no Sesc Ginástico, às 20h Curta temporada até 24 de setembro de 2017

UM BERÇO DE PEDRA, de Newton Moreno e direção de William Pereira estreia no Rio em 01 de setembro, no Sesc Ginástico, às 20h
Curta temporada até 24 de setembro de 2017


Montagem vencedora do Prêmio Shell de melhor iluminação (Miló Martins) e Prêmio Aplauso Brasil de melhor ator coadjuvante (Eucir de Souza), indicada em seis categorias aos prêmios SHELL, APCA e Aplauso Brasil marca a primeira parceria entre William Pereira, Newton Moreno e Leopoldo De Léo Junior, parceiros na LNW Produções Artísticas Ltda.

Com Cristina Cavalcanti, Debora Duboc, Jairo Mattos, Lilian Blanc, Luciana Lyra e participação especial de Sônia Guedes

O espetáculo UM BERÇO DE PEDRA estreia no Rio em 01 de setembro, sexta-feira, às 20h, no SESC Ginástico após duas temporadas de sucesso de crítica e público em São Paulo. UM BERÇO DE PEDRA é uma coletânea inédita de cinco textos do dramaturgo Newton Moreno escritos em tempos e espaços diferentes com um tema em comum: A maternidade como resistência. Cinco visões, cinco universos distintos e cinco variações dramáticas repletas de humanidade e poesia.

Em forma de poema-cênico, a montagem que retorna aos palcos da cidade em segunda temporada intercala épocas, mitologias, espaços. As cinco cenas são gritos de mães perfuradas no ventre, comprimindo-as a perder e/ou defender suas crias, a restaurar e/ou fraturar o mundo pelo seu amor. Assim como em uma sinfonia, vários movimentos, ritmos, densidades e texturas distintas criam uma polifonia de significados e sensações, como descreve o encenador William Pereira.

O espaço cênico comum coberto de areia se transforma em jardim, deserto e prisão e estabelecem diálogo com a ação dramática. Areia, a terra infértil onde se sepultam os mortos, onde a semente não germina, metáfora de útero seco. Deserto de afetos e esperança.

“Neste espetáculo a palavra se faz música. Uma sinfonia de mães, um Stabat Mater polifônico e atemporal. O caráter “operístico” favorece a convergência de linguagens, os atores interagem com a música como parte marcante da narrativa”, acrescenta o diretor.

No primeiro texto, CANTEIRO, o espaço é um jardim, onde se travará o diálogo e o embate entre duas mulheres: uma delas em busca o filho desaparecido mulheres: uma delas em busca o filho desaparecido durante a ditadura militar. Ao final, com o jardim todo destruído e sobre seus destroços inicia-se O CAMINHO DO MILAGRE, um diálogo entre um presidiário e sua vítima de estupro, grávida. O CAMINHO DO MILAGRE é o encontro da benção e da maldição no mesmo ato violento. Um filho pode ser o começo do horror ou o final do suplício de uma mulher solitária. Será o perdão nossa única saída? Será que já estamos preparados para trazer o perdão ao mundo?

MEDEA é o terceiro texto, que também se passa em uma prisão, sendo a personagem título uma presidiária, condenada por infanticídio: “Na noite do bote, encostei lábios de crianças em meu peito e alimentei. Enquanto sufocava-as com minhas garras doídas de fêmea feia, suja, nordestina, abandonada”. Nessa releitura de Medea, de Eurípedes, a mulher abandonada e humilhada é transmutada em arquétipo da brasileira excluída.

O quarto texto, UM BERÇO DE PEDRA é um pungente poema sobre a condição feminina em áreas de conflito, que tanto poderia ser a Faixa de Gaza ou a periferia de uma grande metrópole brasileira.

O último texto TRÁFEGO, uma mãe vende seu filho em um semáforo, epílogo poético e doloroso repleto de memórias, reminiscências de mais um ser que dormiu em berço de pedra.

Talvez esperando que no ventre materno esteja sendo cultivada a redenção deste planeta, perdido em guerras, massacres, desrespeito, violações e infanticídios; apresentamos nosso diálogo cênico com a Grande Mãe que nos pavimenta o doloroso caminho. Ora arquétipo de Mãe Terrível, ora arquétipo de Mãe Bondosa; A Grande Mãe está em todas estas mulheres que compõem nossa caleidoscópica-peça-placenta. É uma canção de ninar sofrida, sufocada, atonal. Uma mão gigantesca que balança o mundo-berço, ora acalanto, ora espanto. A Terra e sua prole é quem sangra através destas personagens. Um novo mundo é o que queremos parir após as cortinas baixarem.

FICHA TÉCNICA
UM BERÇO DE PEDRA
Texto de Newton Moreno
Direção e Cenografia: William Pereira
Elenco:
Cristina Cavalcanti, Debora Duboc, Jairo Mattos, Lilian Blanc, Luciana Lyra e participação especial Sônia Guedes
Figurinos: Cristina Cavalcanti
Trilha sonora: William Pereira
Iluminação: Miló Martins
Programação Visual: Eduardo Reyes
Fotografia e Registro em Vídeo: Marcos Frutig
Visagista: Leopoldo Pacheco
Cabelos: Paolo Biagiogli
Aderecista: Michele Rolandi
Divulgação: Adriana Monteiro
Operador de Luz: (a confirmar)
Operador de Som: Janice Rodrigues
Direção de Palco: Henrique Pina
Produção Executiva: Rafaela Penteado
Assistente de Direção de Produção: Adriana Florence
Direção de Produção: Leopoldo De Léo Junior

Saiba Mais

Serviço:
“Um Berço de Pedra”, de Newton Moreno
Estreia dia 01 de setembro – às 20h
Temporada: 01 a 24 de setembro de 2017
OBS: o horário da estreia será excepcionalmente às 20h
Sesc Ginástico, Av. Graça Aranha, 187, Centro / RJ
Tel: (21) 2279-4027
HORÁRIOS: sextas e sábados às 19h e domingos às 18h
INGRESSOS: R$ 6 (Associados Sesc), R$ 12 (para jovens até 21 anos, estudantes e maiores de 60 anos) e R$ 25 (inteira)
BILHETERIA: terça-feira a domingo, das 13h às 20h.
CAPACIDADE: 513 lugares
TEMPORADA: até 24 de setembro

Observação – A peça esteve em cartaz no CENTRO CULTURAL SÃO PAULO no período entre 30 de setembro e 06 de novembro de 2016 e no TUSP de 13 de abril a 07 de maio de 2017

Agenda Cultural RJ - Divulgação Cultural - Colagem de Cartazes e Distribuição de Filipetas. Divulgação de Mídia Online. Gabriele Nery - agendaculturalrj@gmail.com #agendaculturalrj