30 de jul. de 2013

NEM MESMO TODO O OCEANO
 Peça teatral inédita adaptada e dirigida por INEZ VIANA do romance homônimo de ALCIONE ARAÚJO, estreia dia 2 de Agosto, sexta-feira, às 20:30h, na Arena do Espaço Sesc, em Copacabana. 

As vésperas de completar 50 ANOS DO GOLPE MILITAR (1964-2014) a diretora Inez Viana leva a cena Nem Mesmo Todo o Oceano, adaptação teatral do romance homônimo de Alcione Araújo, um relato dos instantes que antecederam o golpe militar e os primeiros momentos da repressão, desvelando os “porões” da ditadura a partir do relato ficcional de um jovem médico responsável por avaliar os torturados.

Nem Mesmo Todo o Oceano é antes de tudo, um romance de geração e de ideias. Em 794 páginas, Alcione Araújo levanta questões de ética e valores, contando a história fictícia de um médico recém-formado, desde a sua difícil infância de menino pobre no interior de Minas, os primeiros tempos de estudante vivendo em pensões no Rio de Janeiro, as decepções amorosas, as frustrações existenciais, a difícil sobrevivência em meio às feras do asfalto selvagem, enfatizando sobretudo o seu processo de perversão espiritual.

Com adaptação e direção de Inez Viana e interpretada pela Cia OmondÉ, Nem Mesmo Todo o Oceano – a quinta direção profissional de Inez Viana –, que chega ao palco da Arena do Espaço Sesc no dia 2 de Agosto, é um thriller contemporâneo dentro de um romance histórico.

O motivo da encenação chegar aos palcos um ano antes de se completar os 50 anos do golpe militar foi o pedido do autor Alcione Araújo (morto em 2012). Ele pediu a Inez que a peça estreasse em Agosto de 2013 pois considerava que as discussões do sobre aquele período deveriam anteceder ao cinquentenário. Coincidentemente o país vive hoje uma efervescência de manifestações. Sem oportunismo, todos os envolvidos consideram muito relevante a temporada da peça neste momento tão importante para os brasileiros. 

SOBRE A PEÇA

– “Em 2014, serão lembrados os 50 anos da ditadura”, disse-me Alcione Araújo, no nosso último encontro (em 2012), sobre a minha adaptação para o teatro de seu romance Nem Mesmo Todo o Oceano, de 794 páginas. Não havia me dado conta. Mas a conta era fato. 1964...2014. Enquanto a Comissão da Verdade tenta apurar fatos, até então obscuros, dos anos de chumbo, tive a certeza: é chegado o momento de vir à tona essa história que me persegue e me fascina há 13 anos e que, desde o primeiro momento que a li, sabia que um dia teria que montá-la –, relata Inez Viana.

A história do rapaz pobre, que se sacrificou de todas as maneiras, até conseguir se formar em médico no Rio de Janeiro, que teve memorável decepção amorosa, que se casou com a burguesa Elisa, que por ter sido tão alienado e ingênuo, sua apatia política o levou a ter um envolvimento fatal com o DOI-CODI e que, inacreditavelmente, se transformou num dos médicos legistas da ditadura, tendo um fim surpreendente e trágico.

Perguntas transcendentais se colocam em abundância – sobre o amor, a raiva, a liberdade, a repressão, a riqueza e a pobreza, o bem e o mal em suas manifestações que nos são tão familiares. Até mesmo a teoria comunista versus a realidade capitalista, tão fortemente debatido durante o período, goza de uma presença imponente. No fim, no entanto, essas teses são inevitavelmente enterradas na unidade familiar disfuncional, devastada pelo abuso e pela traição.

– Na nossa peça, assim como no romance, fatos reais se misturam à ficção, nos trazendo imediata identificação de uma das mais agravantes e dolorosas épocas do nosso país, a era da inocência perdida. Esperamos que essa história possa jogar luz no lado escuro da motivação humana –, conclui Inez Viana.
 
foto © Silvana Marques

FICHA TÉCNICA

Autor: Alcione Araújo | Adaptação e Direção: Inez Viana | Consultoria Dramatúrgica: Pedro Kosovski | Elenco: Cia Omondé – Leonardo Bricio, Iano Salomão, Jefferson Shroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell | Cenário e  Figurino: Flávio Souza | Direção Musical: Marcelo Alonso Neves | Iluminação: Renato Machado | Programação Visual: Dulce Lobo | Assistentes de Direção: Carolina Pismel, Debora Lamm e Juliane Bodini | Produção Executiva: Jéssica Santiago  | Direção de Produção: Claudia Marques | Um projeto da Cia OmondÉ

SERVIÇO – Nem Mesmo Todo o Oceano

Autor: Alcione Araújo | Adaptação e Direção: Inez Viana | Com a Cia OmondÉ | Local: Espaço Sesc – Arena (Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana) | Informações: 2547-0156 | Estreia: 2 de Agosto às 20:30h | Temporada: 2 a 25 de Agosto. De Quinta a Sábado às 20:30h. Domingo às 18:30h | Ingresso: R$ 20 (inteira), R$ 10 (estudantes e idosos) e R$ 5 (assoc. Sesc) | Horário da bilheteria: 15h às 21h de Terça a Domingo | Não recomendado para menores de 16 anos | Duração: 80 minutos

1 de jul. de 2013

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Rua Francisco Sá, Copacabana em 1966.

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O mais conhecido bairro do Rio de Janeiro na década de 1960, já sofria com a 


especulação imobiliária e com a construção desenfreada de vários imóveis, como vemos 

na foto, que nos dias de hoje reflete na super-população de Copacabana.

Ao fundo, vemos a Avenida Atlântica ainda com sua configuração de 2 pistas de mão-e-


contra-mão, e pequenas calçadas.

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Domingo de sol na Enseada de Botafogo na década de 1960.

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Esta foto mostra como o carioca sempre cultuou suas praias e manteve esta relação, que é quase de necessidade 


básica. Impressiona a quantidade de gente neste dia de verão presente na Praia de Botafogo.

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Praias do Leblon e Ipanema vistas do alto na década de 1960.

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Nesta época o bairro de Leblon ainda era uma espécie de oásis, por ser bucólico e pela tranquilidade, ainda ostentando


 prédio s baixos e pouco comércio.

Impressiona a beleza e simetria do canteiro central da Avenida Delfim Moreira, e na


parte de baixo da foto o canal da

Rua Visconde de Albuquerque e a Praça Atahualpa.

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