Espetáculo “Mar de Mayã” estreia dia 2 de outubro no Parque das Ruínas, 16h
Paulo Marcos de Carvalho, exímio pesquisador e contador de histórias populares, se inspira em tragédia ambiental fluminense para criar história de amor.
Atafona, distrito de São João da Barra, a 314 quilômetros do Rio de Janeiro, é o ponto de partida para a história de “Mar de Mayã” que estreia dia 2 de outubro no Parque das Ruínas, Santa Teresa.
Localizado ao norte fluminense, o balneário de 30 mil habitantes sofre, desde os anos 70, com o processo erosivo que foi intensificado com a falta de pressão da água do rio Paraíba do Sul, que teve parte do seu volume desviado para abastecimento da capital. A foz do rio cede espaço para o mar já avançou por cerca de quatro quadras destruindo ruas, casas, escolas e até um posto de gasolina.
O autor Paulo Marcos de Carvalho, também ator e diretor Petropolitano, que tem em sua carreira diversos trabalhos que abordam a cultura popular e seus meios de expressão, se inspirou em histórias contadas pelos moradores locais para contar o drama entre Janu, um pescador, e sua amada Mayã, que adentra ao mar para salvar o filho do casal.
Com a morte da esposa, Janu evoca figuras arquetípicas femininas das águas. Ela retorna do Reino de Netuno com o desejo de levá-lo para que juntos possam viver eternamente, desfrutando dos deleites de um amor que transcenda aquela tragédia.
“Uma trágica história de amor, reflexo e espelho de outra história trágica. O mar que vem, na linguagem dos habitantes do lugar, “tomando de volta o que é seu”, - é uma metáfora cortante sobre a relação do homem com o mundo. Sobre a opção pela não escuta e a percepção seletiva. Sobre o diálogo. Sobre as relações, sobre a vida.” Afirma o autor.
- É uma relação desarmônica. A civilização ocupando espaços afetando e deixando-se afetar pelo ambiente. Construções alçadas sobre chão inapropriado. A sobrevivência curvando-se aos mistérios do mundo. O amor sucumbindo-se às tragédias. Conclui Taís Alves, atriz e produtora do projeto
O espetáculo que fica em cartaz sempre aos domingos, 16h, até o dia 30 de outubro, propõe uma reflexão entre vida e morte, acerca das escolhas humanas, da relação entre homem e natureza, constância e movimento, indivíduo e coletivo, o homem e o mundo.
A história se divide em dois tempos: o presente, - a vida de Janu, a cidade devastada, as ruas devoradas pelo mar, a sedução vinda do oceano na figura de uma mulher através do imaginário rude, lúdico e telúrico do pescador. E o passado, - a vida objetiva de Mayã e Janu. A construção do amor, do lar, da família).
Saiba Mais
SINOPSE : Montagem retrata história de casal de pescadores Janu e Mayã. Trama é inspirada em tragédia ambiental que acontece no norte fluminense.
FICHA TÉCNICA
Texto: Paulo Marcos de Carvalho
Direção: Josué Soares
Elenco: Paulo Marcos de Carvalho (Janu) e Taís Alves (Mayã)
Preparação Corporal: Sarah Christina Carvalho
Figurino e visagismo: André Vital
Fotografia: Marcelo Valle
Programação Visual: Ploc Marketing Visual
Trilha Original: Raphael Teixeira e Flavio Lázaro
lluminação: Pablo Rodrigues
Produção: Taís Alves
Realização: TABA
SERVIÇO
Mar de Mayã
Horário: sempre aos Domingos, 16h
Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas - Telefone: (21) 2215-0621
Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa
Classificação: 14 anos
Duração: 50 minutos
Temporada: De 02 a 30 de Outubro
Gênero: Drama
Preço: R$ 20,00 inteira/meia R$ 10,00
Apoio: Agenda Cultural RJ
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