Concurso de esquisito dance dia 31, domingo, com a
Orquestra Voadora, no teatro Cacilda Becker, as
18:30
A EsquisitoDance parte da
naturalidade do movimento genuíno desarticulado e diz respeito as
simultaneidades e tonalidades das vicissitudes humanas. Sua referência é a
maior unidade de tempo que conseguimos contar mentalmente sem subdividí-la: o
batimento do coração ou o piscar do olho “duração presença”, ou seja, maneira
continua constituída por acontecimentos. Desta forma, o som se relaciona com o
andar e as suas velocidades, além da respiração. O padrão regular de todos os
andamentos é o pulso de uma pessoa de bom humor, fogosa e leve.
A música é capaz de ritmar a
repetição e a diferença, o mesmo e o diverso, o contínuo e o descontínuo. O
corpo admite ritmo somático e ritmo psíquico que opera em diferentes
freqüências de movimentos, fazendo com que o ritmo “vire” melodia, assim, as
notas das melodias farão a sua dança num pensamento do corpo, que é um “estar
presente” em suas sensações enquanto se executa o movimento, sentindo-o e
assistindo-o, tornando-se, desta forma, um espectador do seu próprio corpo e é
na música, que se estabelece um grande poder de atuação sobre o corpo e a
mente, sobre a consciência e o inconsciente.
Um corpo atravessado pela dança e
pela música contemporânea se defronta com a admissão de todas as matérias
sonoras e sensoriais possíveis; sons/ruídos e silêncio, pulso e não-pulso – a
ordem e a não-ordem. O encontro com o som da OrquestraVoadora estimula um
encontro interno gerador do movimento genuíno desarticulado que habita em todos
nos, basta abrirmos espaço em busca da liberdade. A aceleração rítmica é
progressiva e sua conversão nos leva às alturas. Neste sentido a proposta desta
abordagem é o uso da técnica como construção de um corpo próprio, buscando um
caminho para acessar o próprio corpo, singular, que é diferente do corpo do outro.
(O texto acima é fruto da minha
vivência como bailarina e professora de dança juntamente com as idéias musicais
de José Miguel Visnik no livro: O som e o Sentido. Uma outra história da
Música. São Paulo. Companhia das Letras, 1989.) Andrea Chiesorin
A EsquisitoDance parte da
naturalidade do movimento genuíno desarticulado e diz respeito as
simultaneidades e tonalidades das vicissitudes humanas. Sua referência é a
maior unidade de tempo que conseguimos contar mentalmente sem subdividí-la: o
batimento do coração ou o piscar do olho “duração presença”, ou seja, maneira
continua constituída por acontecimentos. Desta forma, o som se relaciona com o
andar e as suas velocidades, além da respiração. O padrão regular de todos os
andamentos é o pulso de uma pessoa de bom humor, fogosa e leve.
A música é capaz de ritmar a
repetição e a diferença, o mesmo e o diverso, o contínuo e o descontínuo. O
corpo admite ritmo somático e ritmo psíquico que opera em diferentes
freqüências de movimentos, fazendo com que o ritmo “vire” melodia, assim, as
notas das melodias farão a sua dança num pensamento do corpo, que é um “estar
presente” em suas sensações enquanto se executa o movimento, sentindo-o e
assistindo-o, tornando-se, desta forma, um espectador do seu próprio corpo e é
na música, que se estabelece um grande poder de atuação sobre o corpo e a
mente, sobre a consciência e o inconsciente.
Um corpo atravessado pela dança e
pela música contemporânea se defronta com a admissão de todas as matérias
sonoras e sensoriais possíveis; sons/ruídos e silêncio, pulso e não-pulso – a
ordem e a não-ordem. O encontro com o som da OrquestraVoadora estimula um
encontro interno gerador do movimento genuíno desarticulado que habita em todos
nos, basta abrirmos espaço em busca da liberdade. A aceleração rítmica é
progressiva e sua conversão nos leva às alturas. Neste sentido a proposta desta
abordagem é o uso da técnica como construção de um corpo próprio, buscando um
caminho para acessar o próprio corpo, singular, que é diferente do corpo do outro.
(O texto acima é fruto da minha
vivência como bailarina e professora de dança juntamente com as idéias musicais
de José Miguel Visnik no livro: O som e o Sentido. Uma outra história da
Música. São Paulo. Companhia das Letras, 1989.) Andrea Chiesorin