O Prêmio CCBB Contemporâneo** apresenta a exposição “Ultramarino”, de Vicente de Mello, o terceiro dos dez projetos selecionados para a temporada de 2015-2016, com abertura para convidados, terça-feira, 25 de agosto de 2015, às 19h30.
Em “Ultramarino”, o artista recobre as quatro paredes da Sala A do CCBB Rio de Janeiro com um lambe-lambe da imagem ‘Átomo Jacaré’, de sua autoria, feita em silkscreen. Ultramarino significa em latim medieval "além-mar". A instalação de Vicente de Mello se propõe a ser o outro lado do mar.
A repetição da imagem em todas as paredes cria uma grande trama/rede: as folhas impressas se conectam na colagem.
O impacto monumental da sala azul ultramarino se dará, à primeira vista, com a projeção de luz led branca sobre as paredes e depois com a projeção de luz led vermelha, que irá alterar o azul para um magenta vibrante, proveniente de uma única fonte, que está pendurada no teto, no centro do espaço expositivo, de 141m2, com seis metros de pé direito.
Essa fonte de luz é giratória e fará uma "varredura" na totalidade sala. O efeito será exatamente a do giro de um farol náutico de longo alcance. Neste caso, apenas o giro da fonte luminosa, com as duas saídas de luz branca e vermelha, dará o efeito isofásico dos faróis, que é a duração idêntica de luz e de breu.
A alternância contínua de escuro total, azul e magenta coloca o espectador na situaçao de alerta de um farol. A sombra do visitante será projetada na parede à sua frente e se distorce com o movimento da luz.
“Sequência para grandes espaços, a questão tátil e a peculiaridade temporal são a base para os meus projetos com o lambe-lambe: a obra se apresenta, envolve o espectador e depois desaparece por completo”, diz o artista.
A proposta da instalação “Ultramarino” é criar a relação óptica do azul intenso, que é a cor marítima, com o magenta que dramatiza a imagem. As gamas de magenta transformam as imagens, de pequenos "plânctons", em tramas sanguíneas. Como se o sangue azul, referente ao mito de ser nobre, se transfomasse em sangue vermelho.
“Ultramarino” lida com a luz, assim como outros trabalhos de Vicente: “Orquestra de Trombones”, exposta no MAC Niterói em 2010, “Pli Selon Pli”, apresentada no projeto parede do MAM SP, e “Strobo”, em que outdoors espalhados pelo centro de São Paulo, lidaram com a música, através do agrupamento de imagens fotográficas em sequências, também impressas em lambe-lambe.
Vicente de Mello [São Paulo, SP, 1967] vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formou-se em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e especializou-se em História da Arte e Arquitetura no Brasil, pela PUC Rio. Além de inúmeras exposições individuais e coletivas, o artista tem livros publicados. O mais recente é Parallaxis [Cosac Naify], de 2014. Em 2007, ganhou o APCA de melhor exposição de fotografia em São Paulo, na Pinacoteca do Estado, com a mostra “moiré.galáctica.bestiário / Vicente de Mello – Photographies 1995-2006”.
“Ultramarino” está aberta ao público até 28 de setembro de 2015, de quarta a segunda, das 9 às 21h. Grátis.
** Prêmio CCBB Contemporâneo 2015-2016
Em 2014, pela primeira vez, o Banco do Brasil incluiu no edital anual do Centro Cultural Banco do Brasil um prêmio para as artes visuais. É o Prêmio CCBB Contemporâneo, patrocinado pela BB Seguridade, que contemplou 10 projetos de exposição, selecionados entre 1.823 inscritos de todo o país, para ocupar a Sala A do CCBB Rio de Janeiro.
O Prêmio é um desdobramento do projeto Sala A Contemporânea, que surgiu de um desejo da instituição em sedimentar a Sala A como um espaço para a arte contemporânea brasileira. Idealizado pelo CCBB em parceria com o produtor Mauro Saraiva, o projeto Sala A Contemporânea realizou 15 individuais de artistas ascendentes de várias regiões do país entre 2010 e 2013.
A série de exposições inéditas, em dez individuais, começou com geupo Chelpa Ferro [Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler], seguido das mostras de Fernando Limberger [RS-SP], Vicente de Mello [SP-RJ], Jaime Lauriano [SP], Carla Chaim [SP], Ricardo Villa [SP], Flávia Bertinato [MG-SP], Alan Borges [MG], Ana Hupe [RJ], e Floriano Romano [RJ], até julho de 2016.
Entre 2010 e 2013, o projeto que precedeu o Prêmio, realizou na Sala A Contemporânea exposições de Mariana Manhães, Matheus Rocha Pitta, Ana Holck, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta, Marilá Dardot, José Rufino, do coletivo Opavivará, Gisela Motta&Leandro Lima, Fernando Lindote, da dupla Daniel Acosta e Daniel Murgel, Cinthia Marcelle, e a coletiva, sob curadoria de Clarissa Diniz.
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