Indicado aos principais prêmios de artes cênicas de 2017,
“Tom na Fazenda” estreia nova temporada no Teatro SESI Centro
Obra do premiado autor canadense Michel Marc Bouchard aborda a inabilidade do indivíduo para lidar com o preconceito, violência e fracasso
Idealizador do projeto, Armando Babaioff assina a tradução do texto e divide a cena com Kelzy Ecard, Camila Nhary e Gustavo Vaz. Direção de Rodrigo Portella
Indicações 1º semestre de 2017:
Prêmio Shell de Teatro (5 indicações): Direção (Rodrigo Portella), Ator (Armando Babaioff e Gustavo Vaz), Cenário (Aurora dos Campos) e Música (Marcelo H.)
Prêmio Cesgranrio de Teatro (7 indicações): Direção, Ator (Armando Babaioff e Gustavo Vaz), Cenário, Iluminação (Tomás Ribas), Espetáculo e Especial (Lu Brites, pela preparação corporal)
Prêmio Botequim Cultural (10 indicações): Direção, Ator (Armando Babaioff), Ator Coadjuvante (Gustavo Vaz), Atriz Coadjuvante (Kelzy Ecard e Camila Nhary), Figurino (Bruno Perlatto), Cenário, Iluminação, Música e espetáculo.
Depois de uma temporada de sucesso no Oi Futuro Flamengo e de circular pelo estado do Rio de Janeiro no Circuito Sesc, o espetáculo “Tom na Fazenda” está de volta aos palcos cariocas, desta vez no Teatro SESI Centro. Idealizado pelo ator e produtor Armando Babaioff, que também assina a tradução, a montagem reestreia no dia 31 de agosto (quinta) e segue até 30 de setembro, com apresentações na quinta e sexta-feira, às 19h30, e no sábado, às 19h. Dirigida por Rodrigo Portella, a peça traz no elenco Kelzy Ecard, Camila Nhary, Gustavo Vaz, além do próprio Babaioff.
Com cinco indicações ao Prêmio Shell, sete ao Cesgranrio e dez ao Botequim Cultural, a peça é baseada no original Tom à la Farme, do autor canadense Michel Marc Bouchard. Foi numa conversa com um amigo que Babaioff tomou conhecimento do filme Tom na Fazenda (2013), uma adaptação da peça homônima, com direção do franco-canadense Xavier Dolan (premiado no Festival de Cannes por Mommy, em 2014). Arrebatado pela obra, o ator começou a traduzir a peça, que aborda a inabilidade do indivíduo para lidar com o preconceito, a impotência, a violência e o fracasso.
“No ano em que traduzi a peça, 347 pessoas foram assassinadas pelo simples fato de serem quem eram. O Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo, mais do que nos 13 países do Oriente e da África onde há pena de morte aos LGBT. O que me fascina em Tom na Fazenda é essa possibilidade de falar de assuntos que eu realmente acho necessário. Eu sinto essa necessidade de dizer para o mundo verdades das quais eu acredito”, diz Babaioff.
Na história, após a morte do seu companheiro, o publicitário Tom (Armando Babaioff) vai à fazenda da família para o funeral. Ao chegar, ele descobre que a sogra nunca tinha ouvido falar dele e tampouco sabia que o filho era gay. Nesse ambiente rural austero, Tom é envolvido numa trama de mentiras criada pelo truculento irmão do falecido, estabelecendo com aquela família relações de complicada dependência. A fazenda, aos poucos, vira cenário de um jogo perigoso, onde quanto mais os personagens se aproximam, maior a sombra de suas contradições.
A peça conta uma história bastante comum entre jovens de várias gerações, mesmo de culturas diferentes. No Canadá, no Brasil, no Oriente Médio, no Japão ou na África do Sul, homens e mulheres jovens aprendem a mentir antes mesmo de aprenderem a amar. As famílias, guardiãs das normas sobre a sexualidade, garantindo sempre a heteronormatividade, inserem nos próprios membros a semente da homofobia.
“Todo redemoinho que devastará a vida dos que fogem das normas surge no núcleo de suas próprias famílias", comenta Rodrigo Portella, que opta, mais uma vez por uma encenação com poucos elementos para que as sutilezas das relações propostas pelo texto se sobressaiam. "Bouchard compôs uma obra de estrutura impecável. Ele vai fundo nas contradições dos seus personagens, o que os torna muito próximos de nós", acredita o diretor.
FICHA TÉCNICA
Texto: Michel Marc Bouchard
Tradução: Armando Babaioff
Direção: Rodrigo Portella
Elenco:
Armando Babaioff
Kelzy Ecard
Gustavo Vaz
Camila Nhary
Cenografia: Aurora dos Campos
Iluminação: Tomás Ribas
Figurino: Bruno Perlatto
Direção Musical: Marcello H.
Guitarras e violões: Jr Tostoi e Marcello H.
Preparação Corporal: Lu Brites
Coreografia: Toni Rodrigues
Programação visual: Bruno Dante
Hair Stylist: Ezequiel Blanc
Assistente de cenografia: Manu Libman
Assistente de figurino: Luísa Marques
Direção de Produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela
Produção executiva: Milena Monteiro
Assistente de produção: Pri Helena
Mídias Sociais: Egídio La Pasta
Produção: Galharufa Produções
Idealização: ABGV Produções Artísticas
Temporada: de 31 de agosto a 30 de setembro
Local: Teatro SESI Centro – Graça Aranha 1, Centro. Tels.: (21) 2563-4168 | 4163
Apresentações: quinta e sexta, às 19h30, sábados, às 19h.
Capacidade: 338 lugares. Duração: 110 minutos. Classificação indicativa: 18 anos. Gênero: Drama. Ingressos: R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira).
Horário da bilheteria: de segunda a sexta, das 12h às 20h. Sábados e feriados, das 17h às 19h.
Vendas online:
www.ingressorapido.com.br/venda/?id=1287#!/tickets
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