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6 de out. de 2015

Jaime Lauriano entrecruza Arte, História, Antropologia e Sociologia para apresentar um olhar artístico contemporâneo sobre o processo de formação do Brasil como nação em sua primeira individual no RJ, possibilitada pelo Prêmio CCBB Contemporaneo


Jaime Lauriano | “Nesta terra, em se plantando, tudo dá”
Prêmio CCBB Contemporâneo

Abertura para convidados: terça, 6 de outubro, 19h30 – 21h

Em cartaz: 7 de outubro a 9 de novembro de 2015
CCBB RJ | Quarta a segunda, 9 às 21h | Grátis

O artista paulistano Jaime Lauriano, 30 anos, intitula sua primeira individual no Rio de Janeiro com uma das frases atribuídas a Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, na carta-relato ao rei Dom Manuel, sobre a chegada dos portugueses ao Brasil: “Nesta terra, em se plantando, tudo dá”. A exposição tem abertura para convidados, terça-feira, 6 de outubro, às 19h30, no CCBB Rio.

Um dos dez contemplados pelo Prêmio CCBB Contemporâneo**, o projeto de Lauriano para esta mostra se fundamenta na pesquisa do artista sobre a formação do Estado brasileiro, a partir das violências que este impõe sobre o corpo da sociedade civil, com foco na disputa de terras, entre a iniciativa privada e o Estado e a população. Ele leva em conta não só a violência física, mas também a simbólica, a do discurso, e aí, inclui a mídia. 

O artista avalia que a arte contemporânea é uma ferramenta de produção de conteúdo e de crítica, se estende para as áreas de História, Antropologia e Sociologia e potencializa essas relações interdisciplinares para apresentar um olhar artístico contemporâneo sobre o processo de formação do Brasil como nação.

– A disputa de terras foi gestada na primeira invasão dos portugueses e segue até nossos dias. Em momentos de crise intensa, instala-se uma situação de exceção, como no Brasil Colônia, no Brasil Império, na ditadura militar e na ascensão conservadora do Congresso Nacional hoje, argumenta Lauriano.
O trabalho que intitula a exposição é um objeto, no qual uma muda de pau-brasil cresce dentro de uma estufa, até que suas raízes e galhos destruam a estrutura que a contém. Ao romper seu suporte a planta está fadada à  destruição, condicionando, assim, sua existência ao aprisionamento.

– A violência imposta pela arquitetura da estufa alude à violência impingida aos povos nativos da Terra Brasilis durante o processo de colonização, compara o artista.

“Nesta terra, em se plantando, tudo dá”
Além da estufa com pau-brasil plantado, a mostra apresenta ainda os seguintes trabalhos inéditos:
– “Calimba”: manchetes de jornal pirografadas e impressas a laser sobre placas de madeira. Todas se referem a pessoas amarradas e espancadas na rua, entre 2013 e 2015. Calimba é o instrumento usado para marcar os escravos com o brasão de seu dono. A palavra só é encontrada em dicionários da diáspora negra;
– “Suplício nº3”: o artista pesquisou em jornais de todo o país os elementos mais usados em ataques a cidadãos por preconceito religioso, principalmente contra as práticas afro-brasileiras – pedras 
portuguesas, vidros, entulho de construção e peças de madeira, e os reuniu em uma vitrine de museu;
– “Quem não reagiu está vivo” é um conjunto de 11 textos curtos ilustrados, impressos sobre papel, sobre disputa de terras, desde o descobrimento do Brasil até 2015;

CCBB Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66, Centro
21 3808 2020
2º andar – Sala A

Apoio: Agenda Cultural RJ 
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