6 de out. de 2015

“O ACIDENTE” ESTREIA NO SESC TIJUCA NO DIA 9 DE OUTUBRO Escrita pelo autor paulista Bosco Brasil, a peça tem direção do mineiro Daniel Carvalho Faria Os atores Raquel Alvarenga e Vandré Silveira interpretam Mírian e Mário


Mário decide organizar pela primeira vez uma festa de aniversário em seu apartamento. Apenas Mírian, uma colega da repartição onde trabalha, aparece. Após conversas banais e alguns drinks, as máscaras caem expondo carências e traumas. A tentativa de diálogo na sociedade contemporânea é o viés da peça “O Acidente”, escrita por Bosco Brasil, que estreia no dia 9 de outubro, no Sesc Tijuca, com direção de Daniel Carvalho Faria. A temporada será de sexta a domingo, até 1 de novembro.

O texto apresenta um olhar sobre uma questão comum nas relações amorosas: a constante idealização do outro e a dificuldade de criar laços nos dias atuais. Mário (Vandré Silveira) e Mírian (Raquel Alvarenga) pouco se falam no trabalho, porém ele constrói uma imagem dela a partir do que vê pelos corredores da repartição. Em comum, têm o sentimento de estarem à margem, apagados no cotidiano. O encontro acidental traz a surpresa de se descobrirem parecidos. 

Este é o primeiro trabalho como diretor do mineiro Daniel Carvalho Faria, que conheceu Vandré Silveira e Raquel Alvarenga ainda na formação de ator no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em 2007. Foi lá que teve o primeiro contato com o texto de Bosco Brasil. “O olhar cirúrgico dessa relação amorosa muito específica e de um cotidiano banal cheio de surpresas, com suas dores e delícias, me encantou de imediato. É um texto cheio de qualidades, com começo, meio e fim. Uma dramaturgia que reflete o tempo em que vivemos. Um tempo em que a dificuldade de se relacionar está dentro de nossas vidas. Hoje em dia não conversamos, enviamos mensagens”, destaca Daniel, que desde então planeja montar a peça. Morando no Rio desde 2009, ele também desenvolve uma pesquisa continuada com a companhia aberta, que fundou com Vandré e Davi de Carvalho.

Para contar esta história cheia de romantismo e suspense, o diretor convidou Susana Ribeiro, da Cia. dos Atores, para fazer a interlocução artística. No cenário assinado por Aurora dos Campos e nos figurinos de Desirée Bastos estará presente a estética do kitsch. “A encenação utiliza-se do cafona para construir a narrativa espetacular. Mas não no sentido de brega, e sim trágico”, explica Daniel. “Essa camada plástica na peça diz muito sobre o solitário casal, que parece estar fora de moda”, conclui.

Esta é a primeira montagem da peça “O Acidente” no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o texto foi montado duas vezes. Uma delas (2004) com Louise Cardoso no papel de Mírian e Marcelo Escorel como Mário, dirigidos por Cibele Forjaz.

SERVIÇO
“O Acidente”
Gênero: Comédia Dramática
Estreia: 9 de outubro. Temporada: 9 de outubro a 1 de novembro de 2015.
Sesc Tijuca – Teatro 2 (Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca)
Site: http://www.sescrio.org.br/unidades/sesc-tijuca
Informações: (21) 3238-2139
Horários: de sexta a domingo, às 19h.
Valor: R$ 2 (associados Sesc), R$ 4 (meia-entrada) e R$ 8 (inteira).
Classificação etária: 16 anos
Capacidade: 50 pessoas. Duração: 60 minutos
Apoio: Agenda Cultural RJ 
Divulgamos espetáculos, shows, festivais, exposições e muito mais! 
Divulgação Cultural, Mídia Online, Distribuição de Filipetas e Colagem de Cartazes.
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SOBRE O AUTOR
Bosco Brasil é autor e roteirista de cinema, TV e teatro. Formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), Bosco teve uma bem-sucedida estreia em 1994 com “Budro”. Arrebatou os Prêmios Shell e Molière de melhor autor e fundou o Teatro de Câmara de São Paulo, na Praça Roosevelt, com repertório dedicado à dramaturgia contemporânea. O texto curto “Novas Diretrizes em Tempos de Paz” teve excelente repercussão de crítica e público e ganhou os prêmios Shell e APCA de melhor autor, em 2002. Escreveu no mesmo ano “Blitz”, também sob o formato de texto curto, e “Medo de Chuva”. Em 2009, “Novas Diretrizes em Tempos de Paz” foi adaptado para o cinema, sob a direção de Daniel Filho, reafirmando o sucesso de um de seus textos mais importantes.

SOBRE O DIRETOR
Daniel Carvalho Faria é ator, produtor e diretor. É integrante e fundador da companhia aberta (RJ). Idealizou e atuou nos espetáculos “O Homem Elefante”, com encenação de Cibele Forjaz; e “Vermelho Amargo”, com direção de Diogo Liberano. Graduou-se em 2006 em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em 2007, como ator, pela Fundação Clóvis Salgado do Palácio das Artes (BH/MG). Integrou a Cia Clara de Teatro (BH/MG) onde atuou nos espetáculos “Alguns Leões Falam” e “Vilarejo do Peixe Vermelho”, com direção de Anderson Aníbal. Além de “O Rinoceronte”, direção de Rita Clemente (2007) e “Para se morrer no meio fio”, dirigido por Odilon Esteves (2006). 

Ficha Técnica:
Texto: Bosco Brasil
Direção: Daniel Carvalho Faria
Interlocução Artística: Susana Ribeiro
Elenco: Raquel Alvarenga e Vandré Silveira
Cenário: Aurora dos Campos
Iluminação: Tomas Ribas
Figurinos: Desireé Bastos
Preparação Corporal: André Liberato
Fotografia: Daniel Moragas
Teaser e registro audiovisual: Felipe Romano
Identidade Visual: Pablito Kucarz
Idealização: Daniel Carvalho Faria
Produção: Júnior Godim
Realização: Alho Produções, Raquel Alvarenga e Vandré Silveira

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