11 de out. de 2015

RIO DE JANEIRO VOLTA AO ROTEIRO DA VIAGEM PARA “GALÁPAGOS” Prêmio Shell de Melhor Texto 2014, “Galápagos” explora a imprevisível jornada de dois desconhecidos a caminho das ilhas equatorianas. Mas, nessa viagem que os leva a mudanças irreversíveis em suas vidas, o verdadeiro porto de chegada é outro

Depois da temporada de sucesso no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (novembro e dezembro de 2014), de participar do "Circuito Sesc - Rio" em junho, do "Festival de inverno" em agosto e do Teatro da UFF em Niterói, o premiado espetáculo “Galápagos”, volta ao circuito carioca, desta vez no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, a partir do dia 22 de outubro, com sessões às quintas e sextas-feiras, às 20h.
O espetáculo recebeu inúmeras indicações dos mais importantes prêmios do teatro carioca em 2014: Cesgranrio (Direção e Texto), APTR (Texto) e Shell (Iluminação e Texto), vencendo o Shell de Melhor Texto de 2014.
A partir de outubro, no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, o público carioca ganha mais uma oportunidade de conferir esse emocionante espetáculo, resultado de criação coletiva, cuja sinopse e argumento foram esboçados há três anos pelos atores e idealizadores do projeto, Paulo Giannini e Kadu Garcia. As ideias deles foram desenvolvidas pela dramaturga Renata Mizrahi – que também havia participado do argumento – e arrematadas pela diretora Isabel Cavalcanti, num trabalho a oito mãos, que contou com muita pesquisa.
A reestreia do espetáculo será também a noite de autógrafos do livro com o texto da peça assinado por Renata Mizrahi. Se, numa montagem teatral, um texto ganha a colaboração de atores, diretor, cenógrafo, figurinista e iluminador, com um livro é o leitor que recria o texto em sua imaginação. O diretor teatral André Paes Leme assina o prefácio do livro e conclui dizendo: “Com uma escrita ágil, a autora dosa humor com alguma angústia e solidão e nos faz sentir, a cada página, mais dentro da situação. Tão envolvidos que talvez nos perguntemos se somos, cada um a seu modo, um pouco de Carlos e Vander. E este é o melhor dos diálogos do teatro com o seu público, aquele que faz com que sejamos capazes de nos repensar a partir de cada personagem.  Mas isso você só saberá depois da leitura.” 
Vale destacar também que, depois da reestreia do espetáculo no Teatro Glaucio Gill, o texto de “Galápagos” participará de um ciclo de leituras nos Estados Unidos. Renata Mizrahi foi convidada para ler o texto da peça no evento "Contemporary Theatre from Brazil", no Martin E. Segal Theatre Center, da Universidade de Nova York (CUNY).

O espetáculo
Argumento, dramaturgia e encenação apresentam influência dos autores Edward Albee e Harold Pinter: o norte-americano Albee – cujas peças de caráter psicológico, analisam e desmascaram as crises do homem e da sociedade atual – e o britânico Pinter, um dos grandes representantes do teatro do absurdo – junto com Samuel Beckett e Eugène Ionesco.
Produzido pela Saravá Cacilda Projetos Culturais, o espetáculo foi Contemplado pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz 2013 e patrocinado pela Secretaria Municipal de Cultura por meio do Programa de Fomento à Cultura Carioca 2013, “Galápagos” é um espetáculo adulto, cuja montagem conta, ainda, com a participação especial da atriz e cantora Simone Mazzer como a personagem da cantora, que não aparece, mas cuja voz em off é ouvida durante boa parte da peça.

VANDER: Já entendi que você quer ficar sozinho.
CARLOS: Sim, quero. É o que estou tentando fazer. É o que o que estou tentando fazer! Eu gosto de vir aqui. Eu gosto daqui. Você não gosta daqui!
VANDER: Sim, eu gosto.
CARLOS: Não, você gosta do Bingo. Você quer gente, você precisa de gente. Não de mim. Você precisa de gente, mas eu não  sou essa gente que você precisa. Entende? !
VANDER: Isso você não sabe! 
Quem são Vander e Carlos? Apenas um funcionário de uma multinacional e um artista plástico renomado? Por que escolheram Galápagos? Escolheram? Qual é o verdadeiro destino de cada um? 
Assim se desenvolve a história de “Galápagos”, projeto idealizado por Paulo Giannini e Kadu Garcia, que convidaram duas referências no teatro contemporâneo - Isabel Cavalcanti e Renata Mizhari– para trabalharem com eles pela primeira vez.  

Sinopse: Durante sucessivos encontros, dois homens, com estilos de vida completamente diferentes, reconhecem ter algo em comum: um abismo entre o que são e o que representam ser. Carlos, um artista plástico renomado, e Vander, um funcionário de uma multinacional, travam um duelo cômico e emocionante com suas verdades.

FICHA TÉCNICA
Direção – Isabel Cavalcanti
Texto – Renata Mizrahi
Elenco – Paulo Giannini e Kadu Garcia
Voz da Cantora – Simone Mazzer
Cenografia – Aurora dos Campos
Iluminação – Renato Machado
Figurino – Bruno Perlatto
Trilha Original – Felipe Storino
Design Gráfico – Roberta de Freitas
Fotografia – Dalton Valério e Débora Setenta
Assistente de direção - Renata Mizrahi
Assistente de Cenografia – Ana Machado
Consultoria de movimento para o personagem Carlos - Moira Braga
Produção Executiva – Thamires Trianon
Direção de Produção – Paulo Giannini e Kadu Garcia
Realização – Saravá Cacilda Projetos Culturais

SERVIÇO: GALÁPAGOS
Local: Teatro Glaucio Gill -  Praça Cardeal Arcoverde, s/nº - Copacabana
Temporada: De 22 de outubro a 13 de novembro
Horários: quintas e sextas, às 20h
Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia)
Funcionamento da bilheteria: de segunda a domingo, das 16h às 20h
Informações: (21) 2332 7904
Duração do espetáculo: 70 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 102 lugares

Apoio: Agenda Cultural RJ 
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CURRÍCULOS
 Paulo Giannini, ator - Participou dos espetáculos: “Beijo no Asfalto”, “Otelo”, “Fogo morto”, “Minh’alma é imortal”, “Engraçadinha” e “A tempestade”. Foi dirigido por Jefferson Miranda, André Paes Leme, Dudu Sandroni, Miguel Vellinho, MiwaYanagizawa, entre outros. No cinema, participou do documentário sobre Manoel de Barros, “Só 10 por cento é mentira”. Atuou como diretor de teatro do grupo Nós do Morro, onde dirigiu e coproduziu “Barrela”, de Plínio Marcos, no teatro do Vidigal, em 2008; na Casa do Mercado, em 2009/10; no Parque das Ruínas, em 2012; e em mais seis cidades do país. Desde 2005, apresenta o monólogo “Homem de barros” sobre a obra de Manoel de Barros, espetáculo que já percorreu 43 cidades de 13 estados.
Kadu Garcia, ator – Atuou nos espetáculos: “Pelo amor de Deus, não fala assim comigo”, “Inventário”, “Inumano”, “Engraçadinha”, “A farsa da boa preguiça”, “Vem buscar-me que ainda sou teu”, “Baunilha e Trioletto”, “Uma cidadezinha qualquer”, “Vianninha conta o último combate do homem comum”, entre outros. Já trabalhou com os diretores André Paes Leme, Elza de Andrade, Amir Haddad, Sura Berditchevsky, Marília Martins, Ivan Sugahara e Aderbal Freire-Filho, entre outros. É sócio fundador do Grupo Roda Gigante e é professor de atuação na curso de Bacharelado em Artes Cênicas da Universidade Cândido Mendes.
Renata Mizrahi- Ganhadora do Prêmio Shell de Melhor Texto em 2014 justamente com a peça “Galápagos”, que vai virar livro a ser lançado no final deste ano.  Ainda em 2014, foi indicada para o Prêmio Cesgranrio e o Prêmio FITA na categoria Melhor Texto pela peça "Silêncio!". Em agosto, estreou no Sesc Tijuca com a peça “War”, novo espetáculo da Cia Teatro de Nós, com texto e trilha sonora dela. É uma das roteiristas dos episódios da nova temporada da série “Os homens são de Marte e é para lá que eu vou”, com direção de Susana Garcia e Herson Capri, estrelada por Mônica Martelli. Também foi vencedora dos Prêmios ZilkaSalaberry 2010 e 2012, na categoria Melhor Texto, pelas peças “Joaquim e as Estrelas” e “Coisas que a gente não vê”. Teve sua peça “Os sapos” indicada a Melhor Texto do Prêmio Cesgranrio 2014 e do FITA 2013. Ao lado de Priscila Vidca, Renata foi indicada também ao prêmio revelação de Melhor Direção na FITA 2013 por “Os sapos”.  Indicada ao prêmio ZilkaSalaberry 2013 pelo texto "Nadistas e Tudistas". Escreveu também: “Bette Davis e a máquina de Coca-Cola” (com Jô Bilac - 2012), “Francisco e o Mundo”, “Cuide bem das Orquídeas”, “Rua dos Sonhadores”, “Nada que eu disser será suficiente até que o sol se ponha” e “5 Atos”. Em parceria com Julia Spadaccini, escreveu “Um dia Anita”, e, com Fernando Caruso e César Amorim, “Lar...”. Escreveu ainda a peça inédita "O aviador”.  Em 2014, estreou a peça “Silêncio!”, repetindo a parceria – de sucesso - na direção com Priscila Vidca.  Em 2014, lançou - com mais 19 autoras - o livro “Manual Literário para amar os homens (ou não)”, do qual participa com o texto “Recortes do não dito”.  Em outubro, Renata esteve em Londres (Inglaterra), onde um texto dela, “Isso é apenas uma cena curta”, foi encenado no 503Theatre, um espaço inovador para a nova dramaturgia da América Latina, que tem parceria do Instituto CAL de Arte e Cultura no Brasil (Faculdade de Artes Cênicas CAL).
Isabel Cavalcanti, diretora – Atriz e diretora. Indicada aos prêmios: Cesgranrio2014 melhor direção por “Galápagos”, Cesgranrio 2013 de Melhor espetáculo para “Moi Lui”, Shell 2013 de Melhor direção do espetáculo “Moi Lui” e Prêmio Arte Qualidade Brasil 2009 de Melhor Direção e Melhor Espetáculo por “A última gravação de Krapp/Ato sem palavras”. “Moi Lui”, com direção e dramaturgia dela, foi indicado pela Revista Bravo como um dos dez melhores espetáculos de 2013. Em 2012, dirigiu o espetáculo “Eu é um outro” - inspirado na vida de e na obra de Rimbaud e com dramaturgia de Pedro Brício -, que foi indicado entre os dez melhores espetáculos pela revista Veja. Autora do livro “Eu que não estou aí onde estou: O teatro de Samuel Beckett”. Em 2009, escreveu crítica teatral para O Globo. Em 2008, dirigiu o ator Sergio Britto em “A última gravação de Krapp/ Ato sem palavras 1”, de Beckett, um dos melhores espetáculos de 2008 destacados pelo O Globo e vencedor dos prêmios Shell e APTR, além do Prêmio Contigo de Melhor Ator para Sergio Brito. Com mais de 20 anos de carreira, fez mais de 20 peças como atriz. Especialista na obra de Samuel Beckett, foi curadora do festival Beckett 100 anos realizado no Oi Futuro e no CCBB/Rio.
Felipe Storino, autor da trilha sonora do espetáculo - Compositor, músico, produtor musical; criou as trilhas sonoras originais para vários espetáculos como: "Uma coisa que não tem nome (e que se perdeu)" e "Deve haver algum sentido em mim que basta", com a Cia. Teatro Autônomo. Ao lado de Flavio Graff, desenvolveu a performance "Site specific for love", apresentada na Bienal de Praga, no Rio Cena Contemporânea e no projeto Performance futuro/ Oi Futura. Criou as músicas originais de diversas peças, entre elas:"Homem de Barros" (direção de MiwaYanagizawa e Kadu Garcia) e“Trabalhos de amores quase perdidos” (direção de Pedro Brício). Compôs e fez a direção musical dos espetáculos "Outside - Um musical noir", com Aquela Cia de Teatro (direção de Marco André Nunes), vencedor do 1º prêmio Questão de Crítica 2011 de Melhor Direção musical e trilha sonora original e do 6º prêmio APTR 2011 de melhor trilha sonora; “Cara de cavalo” com Aquela Cia de Teatro (Direção de Marco Andre Nunes), vencedor do 2º prêmio Questão de Crítica 2012; “Esta Criança”, com a Companhia Brasileira de Teatro (direção de Marcio Abreu), indicado ao prêmio Shell 2013 de melhor trilha sonora e “Edypop”, com Aquela Cia de Teatro (direção de Marco André Nunes), que concorreu ao 4º prêmio Questão de Crítica e ao prêmio Cesgranrio .
Aurora dos Campos, cenógrafa - Atuante cenógrafa carioca, bacharel em Artes cênicas com habilitação em cenografia na UniRio. Concorreu ao APTR 2010 com a peça “RockAntygona”. Em 2008, teve três indicações: Shell RJ 2008 com o cenário de “A forma das coisas” (direção de Guilherme Leme), e o APTR 2008 também por “A forma das coisas” e “Quartos de Tennessee” (direção de Susana Ribeiro). Assinou cerca de 50 trabalhos em teatro nos últimos seis anos com diretores como:Jefferson Miranda, Felipe Vidal, Cristina Moura, Pedro Brício, Guilherme Leme, Enrique Diaz, Guilherme Piva, Ivan Sugahara, Felipe Rocha, Alex Cassal, Sérgio Módena, Daniel Herz, Marco André Nunes, Jorge Caetano e Henrique Tavares. Já recebeu alguns dos principais prêmios de teatro do Brasil: o 26º Prêmio Shell de 2013, o 1º Prêmio Cesgranrio de 2013, 3º Prêmio Questão de Crítica de 2013 - esses pelo cenário da peça “Conselho de classe”, de Jô Bilac e Cia dos Atores - e o 7º Prêmio APTR de 2012 pela peça “Breu“, de Pedro Brício, com direção de MiwaYanagizawa e Maria Silvia.
 Renato Machado, iluminador – Indicado ao Prêmio Shell 2014 na categoria Melhor Iluminação pelo trabalho na peça “Galápagos”. Ganhou o Shell em 2003 e 2005 por “Tereza de Ávila” e “Filme Noir”. Em 2010, o APTR por “Marina”, “A senhora dos afogados”, “Hamelin” e “O deus da carnificina”.
Saravá Cacilda Projetos Culturais - Criada pelos sócios Kadu Garcia e Paulo Giannini - atores/produtores que trabalham em parceria desde 2001 -, a Saravá Cacilda Projetos Culturais tem como objetivo dar continuidade a essa sociedade desenvolvendo e realizando projetos culturais de qualidade artística e comprometidos com a formação de plateias.

Em 2011 a Saravá Cacilda produziu o espetáculo “Homem de barros” na IX FLIP. “Homem de barros” - da obra de Manoel de Barros, dirigido por MiwaYanagizawa e Kadu Garcia, com atuação de Paulo Giannini e coproduzido pelos sócios da Saravá Cacilda - cumpriu temporada no Centro Cultural Justiça Federal-RJ. Em 2006, o espetáculo participou do projeto Palco Giratório do Sesc, realizando mais de 40 apresentações em 13 estados do país. De 2007 a 2011, participou de festivais e mostras nacionais. Em 2012 a Saravá Cacilda produziu a temporada do espetáculo “Barrela”, entre setembro e outubro, no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, e a participação do espetáculo no “Festival XTUDO Cultural Sesi”- RJ. “Barrela” - de Plínio Marcos com o grupo Nós do Morro, dirigido e coproduzido por Paulo Giannini - cumpriu temporada no Teatro do Vidigal e na Casa Mercado 45, na Praça XV, Rio de Janeiro, em 2009, obtendo sucesso de crítica e público. Em 2010, voltou em cartaz na Casa Mercado 45, participou do “Circuito das Artes” da Sec-RJ, e da “Mostra Teatro na Contramão” da Escola Sesc de Ensino Médio. O espetáculo circulou por Brasília e Curitiba, com recursos do Edital do Programa de Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural 2011. Em janeiro de 2012, participou do “Festival de Teatro do Subúrbio”, em Salvador; e, com recursos do Fate 2011 da SMC-RJ, a peça circulou pelas lonas culturais do RJ e no Parque das Ruínas, em março e abril de 2012.

Em 2014 a Saravá Cacilda produziu a primeira temporada do espetáculo “Galápagos” nos meses de novembro e dezembro, no Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil. Em 2015, produziu “Galápagos” para apresentações no Circuito Sesc de Artes Cênicas e, a participação na programação do Festival Sesc de Inverno. Atualmente, produz a temporada do espetáculo no Teatro da UFF.