“Adeus, Palhaços Mortos” foi um dos maiores sucessos da temporada teatral de 2016 na cidade de São Paulo. Cumpriu 2 temporadas, uma no Centro Cultural São Paulo e outra no TUSP - Teatro da USP. Além disso teve ótima recepção na crítica especializada como atestam a conquista do Prêmio Shell SP de Melhor Cenário; as 4 indicações ao Prêmio Aplauso Brasil (Melhor Figurino, Melhor Atriz, Melhor Direção e Melhor Espetáculo de Grupo); as 4 estrelas conferidas pelo guia da Veja SP; a escolha da peça como um dos 3 melhores espetáculos do ano pelos críticos do Guia d'O Estado de São Paulo; e o convite para o Festival Internacional World Stage Design 2017 que se realizará em julho na cidade de Taipei, em Taiwan.
A obra expõe de maneira provocativa e impactante três velhos palhaços de circo que acidentalmente se reencontram, depois de muitos anos, na antessala de uma agência de empregos. Eles sabem que só um será escolhido. Então suas amizades, memórias, segredos, pequenezas e vilanias serão expostos, criando, dessa maneira, uma ode ao ofício do ator e uma profunda reflexão sobre os fundamentos filosóficos da carreira artística. A sala de espera desse teste de casting, que nunca acontece, se revela um não-lugar, um limbo onde estas três figuras se veem condenadas a rever suas escolhas éticas e estéticas, num exercício infinito de reflexão sobre a resiliência do artista, a urgência da Arte e a sacralidade do ofício.
As cenas se encadeiam em uma sequência de Tableaux Vivants nos quais a estaticidade dos corpos em embate dialético com a fluidez das composições vocais, criam recortes descontínuos no espaço-tempo, deslocando abruptamente a percepção do espectador entre lembranças doces de uma vida devotada à arte e o medo do futuro de incertezas, decadência e morte.
O espaço cênico que abriga esta encenação é um cubo cuja face frontal e as duas faces laterais são fechadas por uma fina tela que recebe a cada cena diferentes vídeo-projeções mapeadas que ora revelam e ora escondem os atores e ajudam a criar desta maneira o não-lugar no qual os três personagens se encontram, utilizando-se de grafismos abstratos e de trechos de vídeos documentais de registro da trajetória da companhia Academia de Palhaços. Toda esta engrenagem composta pela interação entre vídeo-mapping e atores é regida por uma trilha sonora eletroacústica bastante violenta que ajuda a criar os abruptos deslocamentos de percepção propostos pela encenação.
– Cada cena é um recorte num espaço-tempo descontínuo e fragmentado, são fotogramas vagando nas memórias individuais e coletivas daquela trupe circense, são vozes do passado ecoando em busca de algum sentido –, diz o diretor José Roberto Jardim.
O espectador ao ser impactado pela violência dos deslocamentos espaço-temporais é convidado a um passeio pelas questões que movem estes velhos artistas desde seu passado de glória até seu inevitável futuro.
– Propusemos uma experiência sensorial que transita entre o abismo da morte e a devoção de uma vida voltada à arte e que, portanto, mira a imortalidade –, comenta a atriz Paula Hemsi.
Em cena, junto aos atores, o diretor musical Tiago de Mello executa ao vivo a trilha sonora eletroacústica.
– O Tiago é o quarto elemento, ele está em cena a peça inteira e tem mais de 500 mudanças de som, fazendo uma trilha sonora muito complexa –, conclui o ator Rodrigo Pocidônio.
Produzido em 2016 com os recursos do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, o espetáculo “Adeus, Palhaços Mortos” reúne uma premiada equipe de criadores: José Roberto Jardim assina a direção e adaptação dramatúrgica do texto original “Petit Boulot Pour Vieux Clown” de Matei Visniec; no elenco estão Laíza Dantas, Paula Hemsi e Rodrigo Pocidônio, integrantes da reconhecida companhia paulistana Academia de Palhaços, que em 2017 completa 10 anos; Tiago de Mello, o diretor musical, é um dos expoentes mais profícuos da música experimental eletroacústica do Brasil; o cenário e as vídeo-projeções ficaram a cargo da BijaRi, um grupo de arquitetos, artistas plásticos e vídeo-makers especializados em instalações e mapping; o figurino foi desenhado e criado pelo estilista Lino Villaventura e o visagismo é assinado por Leopoldo Pacheco.
No Rio de Janeiro as apresentações “Adeus, Palhaços Mortos” acontecem no Mezanino do Sesc Copacabana, Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, de 4 a 28 de maio, quinta a sábado às 21h e domingo às 20h, com ingressos a preços populares.
Ficha Técnica
Texto Original: Matei Visniec
Direção e Adaptação: José Roberto Jardim
Elenco: Laíza Dantas, Paula Hemsi e Rodrigo Pocidônio
Direção Musical e Trilha Sonora Original ao vivo: Tiago de Mello
Cenografia e Vídeo-Instalação: BijaRi
Figurino: Lino Villaventura
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Iluminação: Paula Hemsi e José Roberto Jardim
Direção de produção: Carol Vidotti
Fotos de divulgação: Victor Iemini
Assessoria de Imprensa: Ana Andréa e Ney Motta | contemporânea comunicação
Realização: Academia de Palhaços e Sesc Serviço
“Adeus, Palhaços Mortos”
Texto Original: Matei Visniec
Direção e Adaptação: José Roberto Jardim
Elenco: Laíza Dantas, Paula Hemsi e Rodrigo Pocidônio
Local: Sesc Copacabana (Mezanino). Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro. Informações: (21) 2547-0156
Temporada: 4 a 28 de maio, quinta a sábado às 21h e domingo às 20h
Ingressos: R$ 6 (Associados Sesc RJ), R$ 12 (meia) e R$ 25 (inteira)
Bilheteria - Horário de funcionamento: Segunda, de 9h às 16h; Terça a Sexta, de 8h às 21h; Sábado, de 13h às 21h; Domingo, de 13h às 20h.
Classificação 12 anos
Duração: 70 minutos
Gênero: Drama
fotos © Victor Iemini
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