ALICE MANDOU UM BEIJO
Diretor de “Tom na Fazenda”, Rodrigo Portella reestreia “Alice Mandou um Beijo” em curta temporada no Glauce Rocha a partir de 17 de janeiro
Montagem da Cia Cortejo foi indicada aos prêmios Cesgranrio e Botequim Cultural de Melhor Texto Inédito
“Quando eu era criança, minha mãe era só a minha mãe. Toda aquela família encharcada de tios e primos de variados graus parecia, aos meus olhos, tipos bem definidos: o tio bonachão, o primo esperto, a avó afetuosa, o pai que me roubava a mãe às madrugadas, o irmão que era o meu avesso, o padrinho e seus extraordinários presentes de aniversário, a prima a quem todos os primos fingiam namorar... Tudo parecia estável, eterno e definitivo. Só mais tarde, bem mais tarde mesmo, fui perceber que aquelas pessoas eram muito mais complexas. Me dei conta que o que eu enxergava antes era só uma pontinha de um volumoso e assustador iceberg. Alice Mandou um Beijo é um resgate ficcional das minhas memórias de infância. Acredito, que só agora, aos 40 anos, é que começo a entender que o sentido de HUMANIDADE está potencialmente relacionado à palavra CONTRADIÇÃO”, reflete Rodrigo Portella.
Quando a peça começa, Alice já está morta. O público não a conhece pelo que ela é, mas pelo que descrevem dela. Paradoxalmente, Alice está viva dentro da casa. Todos falam dela todo o tempo, vestem suas roupas, executam suas tarefas, tentam assumir o seu lugar. O eixo dramático está nas delicadas decisões dos personagens diante da ‘ausência’ de Alice, uma espécie de representação da coerência familiar. Alice é quem dava sentido àquela convivência. Diante de sua morte, as relações se refazem, se transformam instáveis e até mesmo impossíveis.
Quando a peça começa, Alice já está morta. O público não a conhece pelo que ela é, mas pelo que descrevem dela. Paradoxalmente, Alice está viva dentro da casa. Todos falam dela todo o tempo, vestem suas roupas, executam suas tarefas, tentam assumir o seu lugar. O eixo dramático está nas delicadas decisões dos personagens diante da ‘ausência’ de Alice, uma espécie de representação da coerência familiar. Alice é quem dava sentido àquela convivência. Diante de sua morte, as relações se refazem, se transformam instáveis e até mesmo impossíveis.
A respeito da encenação, que Rodrigo divide com o diretor Léo Marvet, pode-se dizer que o essencial continua sendo a mais importante ferramenta estética da Cia Cortejo. A simplicidade da encenação reforça o interesse da companhia em apostar no encontro honesto entre ator e espectador.
SINOPSE: Após a morte da filha caçula, uma família se vê diante de uma inesperada instabilidade no convívio entre eles. A ausência de Alice acaba por disparar uma série de acontecimentos que revelam a fragilidade das relações que se estabeleceram durante toda uma vida dentro daquela casa.
FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Rodrigo Portella. Elenco: Luan Vieira, Marcos Ácher, Ricardo Gonçalves, Suzana Nascimento e Vivian Sobrino.
Co-direção e Trilha Sonora: Leo Marvet. Iluminação: Renato Machado. Figurinos: Daniele Geammal. Cenografia: Raymundo Pesine e Rodrigo Portella.
Projeto Gráfico: Raul Taborda. Fotos: Renato Mangolin e Danillo Sabino.
Produção Executiva: Maria Albergaria. Direção de Produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela. Produção e Realização: Cia Cortejo e Galharufa Produções Culturais.
SERVIÇO
“Alice Mandou um Beijo”Espetáculo teatral da Cia Cortejo
Temporada: de 17 de janeiro a 8 de fevereiro – apresentações quartas e quintas, às 19h
Local: Teatro Glauce Rocha – Av. Rio Branco 179 – Centro. Tel.: 2220 0259
Ingressos: R$ 15 (meia) e R$30 (inteira) – Bilheteria: de 4ª a domingo, das 14h às 19h
Duração: 75 minutos. Classificação: 16 anos.
Capacidade: plateia inferior - 130 lugares | plateia superior - 72 lugares
Agenda Cultural RJ
▪ Gabriele Nery ▪ Produção e Divulgação de Eventos Culturais. Colagem de Cartazes e Distribuição de Filipetas em pontos estratégicos.
Divulgação de Midia Online.
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