22 de fev. de 2018

Luiz Aquila e sua migração visual na Casa Stefan Zweig Exposição dia 24 de fevereiro tem texto de apresentação de Vanda Klabin e show de abertura da cantora brasileira radicada em Londres Nina Miranda

Luiz Aquila e sua migração visual na Casa Stefan Zweig

Exposição dia 24 de fevereiro tem texto de apresentação de Vanda Klabin e show de abertura da cantora brasileira radicada em Londres Nina Miranda

Em 1970, período difícil para sua geração: ditadura, AI5, amigos perseguidos, muita tristeza e indignação, Luiz Aquila deixa seus líricos e sensíveis desenhos e com régua, compasso e guache preto e tira-linhas sobre papel kraft. Produziu 12 trabalhos que agora poderão ser vistos na exposição ‘Migração’, com abertura no dia 24 de fevereiro (sábado), na Casa Stefan Zweig, em Petrópolis.

Com texto de apresentação de Vanda Klabin, a mostra faz um paralelo com o período em que o austríaco Stefan Zweig escolheu Petrópolis, em 1941, para se refugiar da expansão nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Zweig, que se apaixonou pelo Brasil, é um dos escritores mais lidos e traduzidos da história moderna, com cerca de 60 milhões de livros vendidos pelo mundo. “Escolhi o título Migração em analogia com o movimento em direção a uma obra tão diferente do que fazia e faço. É um intervalo, um exílio visual...”, comenta Aquila.

Para a cientista social e historiadora de arte Vanda Klabin, ao migrar para outra forma de expressão, Luiz Aquila cria uma interlocução com a experiência do exílio por meio de uma série de trabalhos onde está presente uma redução do discurso policromático, tecendo um imprevisível diálogo visual com Stefan Zweig.

“Sua pintura adquire um significado preciso, outra inquietude, outra ordem pictórica. A órbita poética desses trabalhos exala essa tensão e respira um processo mais meditativo. Nesses desenhos está presente uma interpenetração entre arte e vida, um repositório de vivências únicas, reflexivas e intimistas, nesse terreno construído e efêmero, repleto de uma intensidade toda particular e de emanações históricas”, comenta Vanda Klabin.

Sobre a Inauguração


Show da cantora e compositora Nina Miranda, criadora do “trip bossa”, acompanhada de Daniel Jobim ao piano, seguido de Mariano D’Almeida Trio

A abertura da mostra será especial. Quem estiver subindo a Serra, no sábado, dia 24 de fevereiro, já pode parar às 11h, na Casa Stefan Zweig. Neste horário, a cantora brasileira radicada em Londres, Nina Miranda, fará um show acompanhada do pianista Daniel Jobim. No repertório, muita bossa, composições da Nina e de seu novo disco solo "Freedom of Movement", como "Feminist Man", "Wholeof London", hits de sua banda Smoke City, como “Underwater Love”, clássicos do avô de Daniel Jobim, como “Águas de Março” e “A Felicidade”, além de Mané João (Roberto e Erasmo Carlos), Bala com bala (João Bosco e Aldir Blanc), Julia (Lennon McCartney) e “Golden Lady”, de Stevie Wonder.Após a apresentação de Nina, o cantor petropolitano Mariano D'Almeida interpretará canções do repertório internacional, lançadas no período do exílio brasileiro de Stefan Zweig.

Sobre Luiz Aquila


Luiz Aquila da Rocha Miranda - Rio de Janeiro, 1943

Desde 1965, Luiz Aquila participou de mais de uma centena de exposições no Brasil e no exterior, com destaque para a 17ª Bienal de Veneza e as 18ª, 19ª e 20ª Bienais Internacionais de São Paulo. Luiz Aquila foi professor da Universidade e Brasília/DF e professor e diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage/RJ.O livro “Quase Tudo - A Never Ending Tour”, organizado por Lauro Cavalcanti, documenta grande parte da obra do artista. A obra do artista consta da coleção de importantes museus e instituições como MAM/RJ; MAM/SP; Museu Nacional de Belas Artes/RJ; Paço Imperial/RJ; Museu de Arte Contemporânea da USP/SP; Museu de Arte Contemporânea de Niterói (coleção João Satamini); Museu de Arte Contemporânea de Curitiba; Ministério das Relações Exteriores; Varig; IBM; Bndes; Chase Manhattan Bank; Banco Itaú e Itaú Cultural; Museu da Solidariedade Salvador Allende, Santiago do Chile; Museu da Água de Lisboa, Portugal.

Sobre Stefan Zweig

Stefan Zweig - Áustria, 1881

Zweig estudou Filosofia em Viena. Foi amigo de personalidades como Thomas Mann e Sigmund Freud, com quem se correspondeu entre 1908 e 1939. Sua vastíssima obra inclui peças de grande sucesso, como A Metamorfose da Comédiae A Mansão à Beira-mar. Escreveu ainda dezenas de biografias, dentre as quais, Dostoievski, Tolstoi, Dickens, Balzac, Stendhal, Rilke, Romain Rolland, Nietzsche, Fouché, Maria Antonieta. Seus romances publicados entre os anos 1920 e 1930 conferiram-lhe extraordinário reconhecimento literário e sucesso de vendas. Escreveu ainda uma espécie de autobiografia, O Mundo que Eu Vivi (1942) - finalizado em Petrópolis. Stefan Zweig está sepultado no Cemitério de Petrópolis, e a casa onde viveu seus últimos meses tornou-se um museu em sua memória, assim como um Memorial do Exílio, para recordar e homenagear centenas de outros exilados que deixaram sua marca na cultura do Brasil.

Serviço:
Título da mostra: Luiz Aquila, Migração
Abertura: Sábado, 24 de fevereiro das 11h às 15h
Período da exposição: 24 de fevereiro a 27 de maio de 2018
Horário de visitação: sextas, sábados e domingos, das 11h às 17h
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 34, Valparaíso (Duas Pontes), Petrópolis
Telefone: (24) 2245-4316
Entrada gratuita.
Classificação livre.
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