19 de dez. de 2015

MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO APRESENTA A EXPOSIÇÃO “A IMPORTÂNCIA DE SER...”, COM OBRAS DE 40 RENOMADOS ARTISTAS DA BÉLGICA Com curadoria de Sara Alonso Gómez e coordenação de Bruno Devos, mostra traça um vasto panorama da arte contemporânea do país e encerra a programação do “Belgarioca”, festival que aproxima a Bélgica do Rio de Janeiro

Uma casa de três metros de altura pendurada de cabeça para baixo. Uma instalação com centenas de tijolos suspensos. Uma escada que convida o visitante a dar uma espiada por cima de uma nuvem de fumaça. Com impactantes obras de arte produzidas por 40 artistas belgas, a exposição A Importância de Ser...|The Importance of Being... promete surpreender os cariocas com uma cuidadosa seleção da arte contemporânea produzida na Bélgica nas últimas décadas.


Depois de ser vista no Museu Nacional de Belas Artes de Havana, em Cuba, e no Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires, na Argentina, a mostra, cujo título faz alusão à famosa peça de Oscar Wilde, A Importância de Ser Prudente, chega ao MAM-Rio para uma temporada de dois meses, de 16 de dezembro a 14 de fevereiro. Em seguida, será apresentada em São Paulo, no MAC-USP, de 11 de abril a 29 de novembro de 2016.
Mais que uma experiência visual, a exposição, que tem curadoria da cubana Sara Alonso Gómez, coordenação de Bruno Devos e produção da R&L Produtores Associados, traz 40 obras que vão mexer com todos os sentidos do público. Temas como poder, memória, conflitos, fronteiras e relações humanas são retratados num repertório variado, que inclui instalações, pinturas, objetos, gravuras, vídeos e fotografias. “A exposição The Importance of being... é o último evento do festival belga no Rio, o Belgarioca 2015, que homenageia as artes, não só através da música, mas também apresentando as artes plásticas e visuais do nosso país”, comemora o Cônsul da Bélgica, Bernard Quintin.
“A Bélgica é um pequeno país da Europa, mas com uma cultura muito rica e cena ativa na arte contemporânea. Foi uma escolha difícil chegar aos 40 nomes aqui reunidos. Passei quase um ano visitando estúdios, entrevistando cada artista para entender o seu pensamento e construir a narrativa da mostra. Essa exposição é uma experiência que pode ser vivenciada em diferentes formatos, com uma viagem a um local desconhecido, onde o próprio público vai eleger seus destaques”, explica a curadora.

Os destaques realmente são muitos. Em Smoke Cloud, Peter de Cupere criou uma nuvem em técnica mista, por meio da qual o espectador é instigado a sentir um forte odor de poluição. Conhecido por produzir instalações olfativas, Peter provoca uma reação que transcende o simples ato de ver ou de cheirar. Participante da Bienal da Veneza (2005 e 2009), Pascale Marthine Tayou apresentará The Falling House, uma enorme casa que estará, literalmente, invertida. A instalação, que pesa 250 quilos, chama atenção para as diferenças globais, retrata a imagem do pobre que vira rico e de crianças africanas que parecem vestidas com trajes da cultura ocidental.
A exposição reúne outras produções surpreendentes. O badalado artista belga Francis Alys apresenta o resultado de sua pesquisa sobre lapsos de tempo na vídeo-instalação Politics of Rehearsal, com direito a sofás e um monitor monocanal. Censurada na Bienal de Veneza de 2009, a obra do caricaturista Jacques Charlier, 100 Sexes d'Artistes, com desenhos de 100 órgãos sexuais, poderá ser vista pela primeira vez pelo público.

Fotografias documentais registradas no Congo, por Carl de Keyzer; instalação com urnas de votação de seis países, criada por Guillaume Bijl; e esculturas de cristal desenvolvidas por Lieve Van Stappen integram a exposição, que é o resultado de um esforço conjunto da Embaixada da Bélgica, em parceria com diversas instituições de apoio, entre elas o Grupo Multiterminais.
“A arte do país é aqui submetida a interpretações, hipóteses, descrições e conotações, que, apesar de situadas entre o mito e a realidade, também delineiam uma identidade própria. O objetivo extrapola a noção de nacionalidade belga”, comenta o coordenador e idealizador do projeto, Bruno Devos.


Festival Belgarioca 2015
O festival belga no Rio, promovido e organizado pelo Consulado Geral da Bélgica, tem o objetivo de difundir entre os cariocas a cultura belga através de diversas apresentações de música, arte, gastronomia e projetos sociais – temas que fazem parte do DNA belga.
E para encerrar o festival, o Consulado belga no Rio de Janeiro promove a exposição de arte contemporânea “The Importance of Being...”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.  “Esta exposição resume a nossa visão aberta da sociedade: artistas belgas, nascidos na Bélgica, ou estrangeiros, que trabalham principalmente na Bélgica", conta o Cônsul da Bélgica Bernard Quintin. E reitera: “a Bélgica é uma maneira de ser e de viver e isto nos foi muito bem demonstrado pelos artistas participantes do festival. "


ARTISTAS PARTICIPANTES: 
Marcel Broodthaers; Chantal Akerman; Francis Alÿs; Charif Benhelima; Guillaume Bijl; Michaël Borremans; Dirk Braeckman; Jacques Charlier; David Claerbout; Leo Copers; Patrick Corillon; Cel Crabeels; Berlinde De Bruyckere; Jan De Cock; Peter de Cupere; Carl De Keyzer; Raoul De Keyser; Edith Dekyndt; Wim Delvoye; Fred Eerdekens; Jan Fabre; Michel François; Kendell Geers; Johan Grimonprez; Ann Veronica Janssens; Marie-Jo Lafontaine; Jacques Lizène; Kris Martin; Hans Op de Beeck; Walter Swennen; PascaleMarthineTayou; Ana Torfs; JoëlleTuerlinckx; Philippe Vandenberg; Koen van denBroek; Anne-Mie Van Kerckhoven; Koen Vanmechelen; Lieve Van Stappen; Bruno Vekemans; Angel Vergara Santiago.

SERVIÇO
A Importância de Ser...|The Importance of Being...
Período da exposição: 16 de dezembro a 14 de fevereiro de 2016
Curadoria: Sara Alonso Gómez
Idealização e coordenação: Bruno Devos
Produção: R&L Produtores Associados
Período: de 17 de dezembro a 14 de fevereiro.
Local: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: (21) 3883.5600
Funcionamento: ter. – sex. 12h – 18h; a bilheteria fecha 17h30
Sáb. – dom. – feriados 11h – 18h; a bilheteria fecha 17h30
O salão de exposições não abre em: 01 jan., 19 jan., 14-18 fev., 03 abr., 24 e 25 dez., 31 dez. 2015 e 01 jan. 2016.
Tarifa: R$ 14
Ingresso família aos domingos para até cinco pessoas.
Maiores de 60 anos e estudantes: R$ 7
Cinemateca: R$ 8

Gratuidades: Amigos do MAM, crianças até 12 anos e funcionários dos mantenedores e parceiros e nas quartas após 15h mediante apresentação de senha, cuja distribuição ocorre no mesmo dia (a partir de 15h). Estão disponíveis 2000 senhas para cada quarta-feira.
Site: www.mamrio.org.br
Apoio: Agenda Cultural RJ 
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