Espetáculo dirigido por Sidnei Cruz faz três apresentações dia 16 de junho
Depois de uma bem sucedida temporada no Teatro Maria Clara Machado, no Planetário da Gávea, a comédia “Eugênia” faz três apresentações no Teatro Eva Herz, no centro da cidade, dia 16 de junho, terça, às 19h30. Com texto de Miriam Halfim e direção de Sidnei Cruz, a peça traz a atriz Gisela de Castro em seu primeiro monólogo como Eugênia José de Menezes, filha do governador de Minas Gerais, que teve um romance com Dom João VI, engravidou e foi expulsa da Corte, sendo exilada num convento. O projeto foi contemplado no Programa deFomento à Cultura Carioca, da Secretaria municipal de Cultura.
A partir de uma ampla pesquisa histórica, a escritora Miriam Halfim criou o texto onde Eugênia conta, com muito humor e ironia, sobre seu envolvimento com o Príncipe Regente de Portugal. Conhecido por seu desleixo corporal e apetite voraz para devorar um frango assado inteiro, Dom João marcou seu nome na história – ora como covarde e preguiçoso, ora como um generoso monarca, amigo do povo, que deixou importante legado para o Brasil. Entre os livros usados como material bibliográfico para a encenação, estão “O português que nos pariu”, “1808”, “Carlota Joaquina, a rainha devassa”, “1822” e “O segredo da bastarda”.
Gisela, na pele da personagem que emerge do mundo dos mortos para contar sua versão dos fatos históricos, revela os meandros da nobreza, as farsas dos governantes e as artimanhas para abafar um escândalo real: do romance entre a jovem e o príncipe, nasce uma bastarda, que vive por vários anos no claustro de um convento distante.
A peça pretende discutir o papel da mulher na formação da identidade brasileira, levantando questões de gênero ao longo da história, mas lançando um olhar contemporâneo sobre a mulher do final do século XVIII e início do XIX. Quem foi Eugênia – bela, sedutora, amada, usada, grávida, confinada em um convento? O intuito é revelar o feminino oculto e velado dentro de uma sociedade machista. O que significava/significa ser esposa, amante, concubina, mãe, freira, escrava, prostituta, bastarda? O Brasil é uma nação de Bastardos? A ideia é revelar ao público a história inédita dessa mulher – cujo enredo conta muito da história do Brasil, vista por de trás dos panos.
A história real é um verdadeiro folhetim que, na peça, vira uma saga recheada de sedução, com espírito de aventura, cuja discussão perpassa tanto pelo trágico como pelo cômico.
Sinopse:
Eugênia José de Menezes, filha do Governador de Minas Gerais no final do século XVIII, engravida de Dom João VI e, para evitar escândalos, é banida da corte. Ela volta do mundo dos mortos para relatar a sua versão dos fatos, ironizando a atualpolítica no Brasil.
FICHA TÉCNICA
Texto - Miriam Halfim
Direção - Sidnei Cruz
Interpretação - Gisela de Castro
Direção musical, composição e execução - Beto Lemos
Cenário - José Dias
Figurino, adereços e design de aparência - Samuel Abrantes
Iluminação - Aurélio de Simoni
Direção de Produção - Maria Alice Silvério
Assistente de Direção - Viviane Soledade
Assistentes de Produção - George Luis Prata, Anderson Kiroviski e Carolina Godinho
Assistente de Figurino - Rosa Ebee
Preparação Corporal - Morena Cattoni
Preparação Vocal - Verônica Machado
Fotos e Programação Visual - Thiago Sacramento
Assessoria de Imprensa - Armazém Comunicação
SERVIÇO:
Eugênia
Dia 16 de junho (terças-feira) às 19h30
Teatro Eva Herz
Endereço: Rua Senador Dantas, 45 – Centro
Tel: 3916-2600
Ingressos: inteira R$ 30,00, meia R$ 15,00
Capacidade: 186 pessoas
Duração: 55 min
Classificação: 14 anos
Gênero: Comédia
Agenda Cultural RJ
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