O espetáculo é um questionamento sobre o uso do tempo no mundo contemporâneo.
Quem não está com pressa? Estar ou parecer ocupado se tornou, antes de tudo, uma obrigação.
Tentamos fazer o máximo de coisas possíveis, mas acabamos desperdiçando a maior parte do nosso tempo na espera: em antessalas, no trânsito, em filas, no mundo virtual, ao mesmo tempo sendo cúmplices e tentando driblar esses e outros ladroes desse artigo cada vez mais raro e precioso.
É sobre essa sensação de tempo perdido que trata A ANTESSALA. Com uma boa pitada de humor, claro.
Segundo Ana Bez, “Antessala não é um local definitivo. Ela é justamente o não espaço, o lugar nenhum, uma pausa forçada dessas que temos aos montes na rotina da vida diária. Um tempo de espera onde nada acontece: como se esperassem por Godot”. No espetáculo, Eva não paga a conta, Tati não chega ao seu destino, Shirley e Beatriz esperam por Maria Alice que não chega nunca.
Na montagem sob direção de Ernesto Piccolo, as cinco atrizes permanecem todo o tempo no palco. Cada uma está sozinha em seu cenário particular. O tempo é real: a peça se passa num intervalo para almoço. Uma hora e/ou alguns minutos de vida corrida de cada uma das personagens.
Em tom de conversa, as cinco mulheres se comportam como se estivessem num confessionário laico ou num psicanalista sem a pretensão da cura – e aproveitando essa cumplicidade absoluta, somada ao tédio da espera, divagam livremente sobre assuntos como trabalho, família e sexualidade, tecem planos e segredam desejos, dos mais cotidianos e banais até os mais duros e ordinariamente inconfessáveis.
ANA BEZ
Ana Bez é de Florianópolis, tem 48 anos e esta peça marca sua estreia no teatro.
“Uma autora de olhar bem humorado, às vezes irônico, mas sempre sensível ao comportamento humano. Suas estórias parecem estar sempre à espera de um flagrante. Talvez porque seus personagens deixem escapar um certo romantismo presente no seu “DNA”. Em meio a situações divertidas, irônicas ou patéticas, bastante comuns ao dia a dia de qualquer pessoa, ou em contextos mais inusitados, seus personagens despertam uma sensação de reencontro com um velho conhecido.” Léo Gama (Diretor de criação da Rede Globo)
ERNESTO PICCOLO
Ernesto Piccolo nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em21 de junho de 1962. Aos12 anos de idade, entra para O Tablado, de Maria Clara Machado. Aos 18 anos, quando fazia a peça “Nossa Cidade”, de Thorton Wilde, foi convidado por Janete Clair para fazer a novela “O Jogo da Vida”, na RedeGlobo, marcando sua estreia na televisão. Aos 23 anos, começa a dar aula de teatro e também acumulara tarefa de diretor. Passa a ser um dos diretores mais ativos do teatro carioca, com diversos prêmios, sendo indicado duas vezes ao Prêmio Shell: melhor direção por "Divã" e na categoria Especial pelo desenvolvimento do projeto Oficinas de Criação de Espetáculo, que ele coordena e dirige no Centro de Artes Calouste Gulbenkian. Recebeu também o Prêmio Coca Cola pela direção do musical infantil "A Guerrinha de Tróia”
JOANA FOMM
Mineira de Belo Horizonte, aos 75 anos, Joana Fomm coleciona papeis memoráveis na TV, especialmente as personagens frias e calculistas. Estreou no cinema em 1962, e na TV em 1964, na TV Rio. Em seguida, foi para a TV Tupi, onde ficou até 1977, quando chegou na Globo. Seu primeiro papel de sucesso foi a vilã Yolanda Pratini de Dancin Days (1978), e depois vieram a Lúcia de Corpo a Corpo (1984), a Fausta de Bambolê (1987), a inesquecível beata Perpétua de Tieta (1989), e, mais recentemente, a Odete de Boogie Oogie (2014). Entre outras novelas importantes de que participou, estão Coração Alado, Brilhante, Elas Por Elas, Roda de Fogo e Vamp. Também atuou em importantes filmes do cinema nacional, como “O Homem Nu” e “Macunaíma”, nos anos 60, e “Copacabana”, nos anos 90. Participou da série Os Experientes, da Globo, no mês de abril, e, atualmente, está no ar na série Magnífica 70, do canal a cabo HBO.
SAMARA FELIPPO
Realizou diversos trabalhos na TV, entre eles as novelas “Anjo Mau” (1997); “Meu Bem Querer” (1998); “Suave Veneno” (1999); “Malhação” (1999); “Chocolate com Pimenta” (2003); “Da Cor do Pecado” (2004); “América” (2005); “Sete Pecados” (2007) e “O Profeta” (2006); as minisséries “A Casa das Sete Mulheres” (2003) e “JK” (2006); “Dercy de Verdade” (2011) e “O Caçador” (2014) - produções da TV Globo, e da minissérie “José do Egito” (2013) da TV Record.
No cinema participou dos filmes “Concerto Campestre”, lançado em 2005, no qual atuou como protagonista, e “O Dono do Mar”, lançado em 2006.
Muito envolvida também com o teatro, Samara já participou de vários espetáculos. A atriz atuou em “Orgulhosa demais, Frágil demais” (2013) com direção de Sandra Pera, interpretando Marylin Monroe; “Hamlet“ (2011) dentro do projeto “Shakespeare” com direção de Paulo Reis; “Mulheres Alteradas” (2011), com direção de Eduardo Figueiredo, entre outras peças.
MARIANA MOLINA
Seu interesse pela carreira artística começou aos 9 anos, quando ela pediu à mãe a inscrevesse em uma agência infantil de atores. Por volta dessa época, Mariana começou a fazer comerciais e a trabalhar como modelo.
Em 2001 interpretou Creuza Maria na telenovela Pícara Sonhadora. No ano seguinte Mariana venceu o concurso Caça-Patrulheiro do canal Nickelodeon. Ela concorreu com mais de 12 mil inscritos e, ao final, foi selecionada para se tornar uma dar apresentadoras do programa.
Em 2009 foi selecionada para interpretar a antagonista da temporada daquele ano de Malhação. No ano de 2012 ela foi escalada para o elenco de Amor Eterno Amor interpretando Cris, amiga de Tati (Adelaide de Castro) e Gabi (Olívia Torres), é filha de Beatriz Mainardi (Carolina Kasting) e irmã de João (Luis Augusto Formal).
DORA PELLEGRINO
A atriz carioca, Dora Pellegrino nasceu em 8 de março e a vontade de ser atriz se deu cedo, com onze anos já era a melhor aluna de teatro da escola. Jamais abandonou os palcos e atuou em muitas peças, além de ter integrado um grupo de teatro importante no Rio de Janeiro, o Manhas e Manias.
A estreia na televisão foi em episódio no seriado Ciranda cirandinha, mas já na primeira novela faz muito sucesso com a vilã neurótica Helena em Livre para voar (1984/85), de Walter Negrão.
Dora Pellegrino estreia no ótimo Cabaret Mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia: Depois atua em filmes importantes, como O homem do pau-brasil(1981), de Joaquim Pedro de Andrade, O segredo da múmia (1981), de Ivan Cardoso, e Urubus e papagaios (1987), de José Joffily.
CAROLINA STOFELLA
Formada em artes cênicas pela CAL em 2001.
Trabalhou com os principais diretores do cenário teatral brasileiro, entre eles Michel Bercovitch, Thierry Tremouroux, João Brandão, Roberto Alvim e Ricardo Karman.
Fez parte do elenco do espetáculo “Viagem ao centro da terra, vencedor do prêmio Shell especial de montagem, com produção de Marcelo Serrado.
No cinema, atuou em “A Partilha” de Daniel Filho, “Talvez” de Felipe Sassi e “Histórias Íntimas de Julio Lellis; longa vencedor do Cubo - Festival de Cinema do Rio e melhor Doc. Drama no Los Angeles Brazilian Film Festival 2014.
Na televisão fez parte do elenco de Malhação e Os Caras de Pau da Rede Globo.
FICHA TÉCNICA
TEXTO - Ana Bez
DIREÇÃO - Ernesto Piccolo
ASSISTENCIA DE DIREÇÃO - Isabel Lobo
CENOGRAFIA - Clívia Cohen
ILUMINAÇÃO - Djalma Amaral
FIGURINO - Maria Stephania
DESIGNER - Leonardo Calvão
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO – Elisa Padilha e Renata Gebara
ELENCO – Samara Felippo (Tati); Mariana Molina (Beatriz); Dora Pellegrino (Eva); Carolina Stofella (Maria Alice) e Joana Fomm (Shirley).
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Aline Salcedo
SERVIÇO
ESTREIA: dia 12 de junho (sexta-feira), às 20h
LOCAL: Teatro Café Pequeno
Avenida Ataulfo de Paiva, 269, Leblon, Rio de Janeiro. Tel.: 21 2294-4480
HORÁRIOS: sexta, sábado e domingo, às 20h
DURAÇÃO: 60 min
INGRESSOS: R$40,00 e R$20,00 (meia entrada) / bilheteria: 4ª a domingo, a partir das 16h, ou http://www.compreingressos.com /
CAPACIDADE: 80 pessoas
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 18 anos
TEMPORADA: até 26 de julho
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